No desenho, no design, na arquitectura ou no urbanismo, interessa-me acima de tudo a forma de transmitir valores, de insinuar significados, de comunicar histórias e condicionar hábitos dando sempre resposta às questões funcionais com soluções inesperadas, se possível obvias e baratas e fáceis de construir ou de descobrir.
Procurar uma linguagem própria, contemporânea, silenciosa, universal e, nos melhores casos intuitiva.
Importa-me a criação de património artístico contemporâneo e não apenas a valorização e recriação do património histórico.
Acredito na importância da identidade local e das tradições genuínas e únicas de cada lugar, mas temos o dever de questionar constantemente a cultura dominante e ir introduzindo atualizações enquanto agentes culturais, responsabilidade que devemos chamar a nós e cujas nossas profissões podem deixar imagens, artefactos, alterações de hábitos, paisagens – registos da cultura contemporânea - que marcarão aquele que um dia será património cultural histórico.
SOBRE O PROJETO E O PATRIMÓNIO
2019
MAIO